O Declínio dos Consoles

Um dia desses, eu estava assitindo um vídeo sobre as dificuldades de se desenvolver jogos para o Playstation 2 e como o hardware dele é poderoso. Esse é um assunto que sempre me encantou: Como funcionam os consoles ao nível de hardware e suas peculiaridades.

Sempre fiquei entusiasmado em me aprofundar nas diferenças de design, nas particularidades, saber mais da história, dos porquês e comos.

Aquitetura de hardware de um super nintendo

Mas de repente me veio à mente: Como estragamos o mercado de games para console!

Eu explico. Antigamente era bem comum termos certas dificuldades para desenvolver jogos por conta das restrições de capacidade do hardware, como pouca memória, pouco armazenamento, processador “lento”, e assim vai. Mas além dos problemas normais, também havia as particularidades de cada console, como o fato dos jogos para Super Nintendo serem escritos em Assembly, ou mesmo da arquitetura diferenciada do PS 2, ou do processador de determinado console se MIPS do concorrente se PowerPC, e na minha opinião essas dificuldades e idiossincrasias é que davam graça a coisa, ai que estava a magia!

placa de um Playstation

O desenvolvedor tinha que estudar a fundo o console, saber de todos os detalhes e funções escondidas, e muitas vezes encontrar soluções para seus problemas que não estavam na documentação oficial, isso fazia com que tivessemos grandes jogos lançados, com recursos que muitas vezes nem se acreditava ser possível para a época, conseguíamos tirar água de pedra. Era divertido jogar, mas também era divertido criar os jogos.

Varios jogos eletrônicos de epoca, como sonic, zelda, mario

Mas hoje em dia isso mudou, os consoles são como meros PCs com processadores velozes, placas de vídeo “top” e muita memória RAM. Hoje temos duas ou três engines que dominam o mercado e ditam as regras do que é possível ou não ser feito, e se quisermos implementar algo muito fora da caixa, muitas vezes temos que esperar pelo recurso ser disponibilizado pela engine que estivermos usando.

Por falar em engine, hoje em dia se tornou comum o desenvolvimento de jogos “low code”. Arrasta um componente daqui, coloca uma animação padrão ali, dar play em um som na hora certa, pega uns assets padrões do site xyz e pronto, o jogo está pronto e possível de ser lançado para PC, WI, PS 5, Xbox, Android, Iphone e até para a sanduicheira da sua cozinha!

Sou só eu ou você também acha que isso está fácil demais? Chato demais?

Vejá bem, não estou dizendo que todo jogo hoje em dia é feito dessa forma, ou mesmo que se fizemos um jogo “low code” ele será ruim. E nem digo que não fizemos grandes avanços na qualidade de alguns títulos. Temos recursos de realismo surpreendentes.

Mas cadê o desafio? Cadê o diferencial?

Antigamente era comum termos disputas entre amigos de quem tinha o melhor console, discutíamos porque a arquitetura X era melhor que Z. Hoje em dia, nem sei se vale mais a pena ter um console ou simplesmente compra um PC Gamer e pronto.

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